13 de nov. de 2016

BAROK-PROJEKTO - Sovaĝa Animo (Álbum)



2016
Nacional


Tracklist:

1. Antaŭparolo de Prapatra Kaciko
2. Tauba kaj Kerana (Malbeno - 1a parto)
3. Ĉe ni estas Abasai' 
4. Droniga Pasio
5. Reĝino de la Nokto
6. Sovaĝa Animo
7. La Sep Filoj (Malbeno - 2a parto)
8. La Sagoj de Rudá
9. Melodio de Akŭanduba
10. Kaapora (Kroma Trako)
11. La Plej Bona Ĉasisto (Kroma Trako)


Banda:


Karliene Araújo - Vocais
Rafael Milhomem - Guitarras
Muniz - Guitarras
Thiago Alberto - Baixo 
Junior Neri - Bateria


Contatos:



Nota:

Originalidade: 9
Composição: 8
Produção: 6

8/10

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O Brasil é fértil em termos de Metal, uma verdade que é clara desde meados dos anos 80, quando após o Rock in Rio e com o final do regime militar de 21 anos, uma autêntica legião de novos nomes se uniu aos já existentes e fortificou as bases do cenário nacional. E ao mesmo tempo, nosso país é capaz de gerar bandas que buscam fazer trabalhos diferenciados, algo novo que ainda não exista.

E é justamente com este pensamento em mente que podemos aproveitar em plenitude um trabalho como o do quinteto goiano BAROK-PROJEKTO, que depois de muito suor, consegue chegar com seu primeiro álbum, “Sovaĝa Animo”, um disco único em termos de Metal.

O estilo da banda é aquele Power Metal melódico que tem claras influências da música clássica. Mas isso apenas em uma observação inicial, pois logo se percebe alinhavo regional brasileiro em vários pontos, em especial elementos vindos referenciando a cultura indígena do Brasil. E para dar um toque diferencial, eles cantam em Esperanto, uma língua criada pelo médico judeu Ludwik Lejzer Zamenhof, que visava criar uma linguagem universal por seu fácil aprendizado. Ou seja, é diferente, bem feito e envolvente.

A produção de Marco Aquilino (que também mixou o disco) soa um pouco crua demais para este tipo de estilo de Metal. Não está ruim, pois se percebe que a banda faz um trabalho ótimo, mas os timbres instrumentais nos dão a clara impressão de ter aquela famosa “fumaça”. Não chega a ser um inconveniente, mas a banda poderia ter sido produzida de uma maneira mais concordante com seu estilo.

A arte gráfica, por sua vez, é belíssima, em uma clara referência aos tesouros naturais de nosso país. 

Neoclássico e pesado, “Sovaĝa Animo” mostra todo o potencial o grupo possui, bem como sua ousadia. A banda mostra ótimos arranjos, boas melodias, e o mais importante: criatividade.


“Tauba kaj Kerana (Malbeno - 1a parto)” com seus andamentos melodiosos e vocais femininos bem postados (que evitam o famoso formato lírico), a pesada e repleta de ótimos arranjos de teclados “Ĉe ni estas Abasai’” (e a base rítmica dá um show de peso e técnica, uma pena que a qualidade sonora deixou essas partes não tão claras como poderiam soar), os arranjos barrocos e mesmo brasileiros que são ouvidos na bela “Droniga Pasio”, a belíssima e curta “Sovaĝa Animo” (levada com flauta, violões e o canto melodioso de sua vocalista, e justamente nela os elementos brasileiros florescem em sua plenitude), o peso das guitarras e baixo em “La Sep Filoj (Malbeno - 2a parto)” (percebam como a banda realmente possui uma vocação natural para o peso), a variada e criativa “Melodio de Akŭanduba” (é tão cheia de variações rítmicas que vai do Progressivo ao extremo sem que percebamos, com arranjos ótimos de baixo e bateria mais uma vez, além de belas flautas e teclados) são as melhores canções do disco. 

Acertando a produção sonora, o grupo só tende a render, e é uma das grandes revelações de 2016, com certeza.

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