1 de nov. de 2016

DIABO VERDE - Veni, Vidi, Vici (Álbum)


2016
Independente
Nacional


Músicas:

1. Intro
2. Escravo da Liberdade
3. Senhor do Destino
4. Recompensa
5. O Mal Não Pode Triunfar
6. Nada é Impossível de Mudar
7. O Prisioneiro
8. Velhos Hábitos Nocivos
9. Golpe Baixo
10. A Missão
11. Ninguém Vai Nos Derrotar


Banda:


Paulinho Coruja - Vocal, guitarras
Fellipe Madureira - Guitarras
Fábio Magoo - Baixo
Bruno Baiano - Bateira


Contatos:



Nota:

Originalidade: 8
Composição: 9
Produção: 8

8/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Desde o final dos anos 70, os movimentos musicais do Punk Rock e do Hardcore encontraram um público fiel no Brasil, crescendo e se expandindo a partir de São Paulo, onde tudo começou. De lá para cá, mais e mais bandas de Punk Rock e Hardcore foram surgindo por todo o Brasil. E hoje, o Rio de Janeiro tem uma cena bem definida e com ótimos nomes, entre eles o do quarteto DIABO VERDE, nativo da Cidade Maravilhosa, e que chega com “Veni, Vidi, Vici”, seu disco mais recente.

Praticando uma verdade melódica do Hardcore, próxima ao que bandas como PENNYWISE fazem, o grupo baseia sua música em uma técnica longe de ser exagerada, mas eficiente, corais grudentos e certa dose de acessibilidade musical. Mas é bom tomarem cuidado, porque a banda usa de uma boa dose de agressividade em suas composições, que estão longe de serem engessadas por parâmetros do gênero, já que o quarteto se dá o direito a usar uma pegada mais acessível e limpa em muitos momentos.

Produzido por Elton Bozza e pelo próprio quarteto, o disco foi gravado no Estúdio Superfuzz, tendo gravação acompanhada por Gabriel Arbex e Elton Bozza, mais a mixagem e a masterização de por Gabriel Zander (do ZANDER). E todo este trabalho resulta em uma qualidade sonora bem cuidada, mantendo o aspecto melódico e mesmo a acessibilidade musical bem evidente. Podemos dizer que a preocupação com a estética prevalece em “Veni, Vidi, Vici”, mas é bom tomarem cuidado, já que a agressividade musical do grupo é latente.

Todo o trabalho visual foi feito pelo conhecido designer gráfico Marcelo Vasco, da PR2 Design, e ficou muito bom, visualmente atraente e fugindo um pouco da visão simplista que 90% das bandas do gênero usam.

O quarteto destila sua energia em 11 canções, todas bem arranjadas, e iremos encontrar alguns convidados especiais muito interessantes por todo o CD, como Badauí do CPM22 nos vocais em “A Missão”, o próprio Gabriel Zander do ZANDER, Marcus Iahn do MACACOS ME MORDAM no coral de “Nada é Impossível de Mudar”, Rhoodes Lima na narração da introdução, que também tem Vinícius Leal (do THE JOHN CANDY) nos sintetizadores “Intro”, e outros que são mencionados no texto.

Melhores momentos:

“Escravo da Liberdade” – A energia latente do Hardcore melódico se faz nessa canção, onde a velocidade é preenchida por arranjos musicais simples, mas eficientes. A acessibilidade é grande, e apresenta um trabalho de guitarras ótimo, belos backing vocals e um refrão muito bom.

“Recompensa” – Uma canção mais cadenciada, com aquele jeitão um pouco mais acessível e grudento. Mais uma vez, um refrão de muito fácil assimilação, e vemos como os vocais estão bem.

“O Mal Não Pode Triunfar” – A banda aposta mais uma vez em um andamento um pouco mais moderado, mas o trabalho de baixo e bateria é seguro e firme, mas com belas passagens rítmicas. E reparem como a banda usa de solos constantemente (participação de Fábio Barreto, do SERIAL KILLER), além de a letra ser extremamente positiva (a crítica é evidente, mas não negativista).

“Nada é Impossível de Mudar” – Aqui, a banda usa da crueza do Rock’n’Roll em algumas passagens, mais uma vez com baixo e bateria mostrando um trabalho muito bom. E aqui, Gabriel Zander mostra seus dotes vocais, bem como Marcus Iahn dá uma canja nos backing vocals.

“Velhos Hábitos Nocivos” – E tome paulada no fígado, com uma pegada ganchuda, levada mais simples, e backing vocals fortes em corais bem arranjados, onde temos a participação de Fellipe Mesquita (do FILTRA). É ouvir e sair cantando.

“Ninguém Vai Nos Derrotar” – O bom e velho Hardcore melódico dá as caras, com uma pegada extremamente envolvente, com a base instrumental se apresentando muito bem, mas os vocais estão muito bem.

No mais, o DIABO VERDE está disposto a corroer seus ouvidos com sua música, logo, “Veni, Vini, Vici” é um disco que todo fã de Hardcore precisa ouvir e ter em casa.


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