22 de nov. de 2016

GOATLOVE – Guadalajara (Álbum)



2016
Independente
Nacional


Músicas:

1. Shine 
2. Down to the River 
3. Rise, Caeser, Rise
4. Liar
5. Saturn’s Honey
6. Hipshake
7. Apes
8. We Shall Rise
9. Sunshine Colours


Banda:



Roger Lombardi - Vocais
Marco Nunes - Guitarras
Pedro Lobão - Guitarras
Lucas Barone - Baixo
Alexandre Watt - Bateria


Contatos:


Nota:

Originalidade: 10
Composição: 10
Produção: 9

10/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


E eis que um dos grupos mais ousados do Rock’n’Roll nacional está de volta, e em alto nível!

Isso mesmo, o Goat’n’Roll do GOATLOVE mais uma vez nos brinda com uma jóia preciosa, de brilho inestimável, com o nome “Guadalajara”, e cada vez mais turbinados à base de guitarras distorcidas, vocais cheios de ironia, e base rítmica sólida.

Em relação à “The Goats are Not What They Seem”, disco de 2012, “Guadalajara” é mais maduro e conciso. E óbvio que aquele ecleticismo musical de antes está presente, apresentando boas melodias e uma técnica musical nada exagerada, mas sempre eficiente. Cada refrão é grudento, as músicas cheias de identidade e muita energia, tornando o GOATLOVE único naquilo que faz. E cuidado, já que depois de uma ouvida nesse disco, vai estar grudado definitivamente na banda.

Produzido por Marcos Nunes e Roger Lombardi, “Guadalajara” foi gravado no Zé Studios, sendo que Marcos fez as partes de mixagem e masterização do disco. E podemos dizer que o resultado é de primeira, já que os timbres instrumentais soam mais limpos e secos, mas sem deixar de soarem pesados na medida certa. Óbvio que existe uma energia crua fluindo do disco, mesmo com a qualidade mais caprichada.

A capa, uma foto, é um conceito de Ricardo Batalha, e ficou muito interessante, pois as duas crianças em uma foto antiga.

Com cheiro de pub pronto para explodir em um quebra-quebra antológico, com garrafas voando para todos os lados e um monte de barbudos se estapeando, e dispostos a soarem o mais bruto possível, “Guadalajara” é um disco de primeira. E se o quinteto não exagera na técnica (porque não é necessário), tudo é suprido por arranjos musicais muito bem sacados, auxiliado pela idéia de não ter limites ou rótulos. Elementos re Rock’n’Roll, Gothic Rock, Metal, e sei lá mais o que podem ser detectados, mas esqueçam dos rótulos. Se preocupem apenas com a música, e isso, esses “Goats” tem para oferecer, e muito!

E coloquem algumas participações especiais aí na mistura: Anita Cecília Pacheco faz vocais em “Saturn’s Honey” e “Hipshake”, Paulo Anhaia toca violões e Cleiton Chaves tá um toque latino no ukelelê em “Sunshine Colours”.

A simples e energética “Shine” dá início ao disco, mostrando vocais de primeira em meio à linhas melódicas bem sacadas. O Hard’n’Heavy Roll toma conta dos falantes em “Down to the River”, que tem um refrão de primeira, além de um trabalho muito bom de baixo e bateria, e se destacam mais uma vez mais na pesada e intensa “Rise, Caeser, Rise”. Com um leve toque de Pop anos 80 misturado à simplicidade do Post Punk, temos a vibração crua de “Liar”, onde percebemos a versatilidade das guitarras com seus riffs simples e marcantes e do baixo presente. Mostrando uma dose forte e azeda do Rock’n’Roll sulista dos EUA, temos “Saturn’s Honey”, com guitarras preciosas e belos vocais femininos aparecendo aqui e ali. Em “Hipshake”, temos mais uma vez a presença de um jeitão Post Punk cru e melodioso alinhavando a canção, onde mais uma vez vocais femininos dão um toque de elegância à crueza dos riffs de guitarra. A energia do Rock mais cru e sujo dá as caras em “Apes”, que apesar da simplicidade, nos lembra da crueza bruta e sacana de bandas como BUTTHOLES SURFERS. Mas em “We Shall Rise”, a banda vai exigir bastante do ouvinte, pois por ter mais de 16 minutos de duração, temos uma gama de elementos musicais diferentes, e inclusive há partes mais tribais e percussivas interessantes, e com o baixo tocando partes distorcidas. E fechando o disco, temos em “Sunshine Colours” uma balada Rocker, cheia de emoção, doses de guitarras distorcidas e vocalizações de primeira.

Ouçam “Guadalajara”, comprem, vão aos shows, e lembrem-se: esses Goats ogros irão te GOATizar e conquistar, nem que seja na marra.

LET’S GOAT IT ON!



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