14 de jan. de 2017

GLORYFUL - End of the Night (Álbum)


2016
Importado

Tracklist:

1. Intro: Dawn of the Raven King
2. This Means War
3. The Glorriors
4. Heart of Evil
5. Hail to the King
6. For Victory
7. End of the Night
8. God Against Man
9. On Fire
10. Rise of the Sacred Star


Banda:


Johnny la Bomba - Vocais, violão
Shredmaster J.B. - Guitarras, backing vocals
Adrian Eric Weiss - Guitarras, backing vocals
Daniel “Danij” Perl - Baixo, backing vocals
Hartmut Stoof - Bateria, backing vocals


Contatos:



Nota:

Originalidade: 8
Composição: 10
Produção: 9

9/10

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Falar no bom e velho Metal alemão implica em compreender que, basicamente, existem duas escolas dominantes: uma altamente influenciada por bandas como ACCEPT, RUNNING WILD e GRAVE DIGGER, com uma sonoridade mais agressiva e crua; e a outra com um formato mais trabalhado e esteticamente bem construído, como HELLOWEEN, GAMMA RAY e outros. Ambas são ótimas, merecem respeito, e geraram frutos excelentes.

Mas existem aqueles que querem o melhor dos dois mundos, e ainda estão dispostos a reescrever as regras do jogo à sua maneira, como o quinteto GLORYFUL, vindos da Alemanha e herdeiro legítimo do Metal de seu país. E seu terceiro álbum, “End of the Night”, é um disco ótimo.

Aqui, temos o mais puro Metal “made in Germany”, rico em melodias e bem trabalhado, mas ainda assim, bruto e pesado como poucos. Óbvio que a banda não chega a renovar o estilo, mas contribui muito com uma personalidade ousada, usando e abusando de belos corais, guitarras de primeira, base rítmica sólida e bem trabalhada (baixo e bateria estão fazendo um trabalho de primeira), mais o uso adicional e pontual de instrumentos como violoncelos e violinos. Pode não ser inovador, mas é totalmente não convencional.

“End of the Night” tem uma sonoridade de alto nível, pois Charles Greywolf (guitarrista do POWERWOLF) trabalhou belamente na mixagem e masterização. A sonoridade da banda tem as noções certas de clareza e peso, as doses certas de agressividade e peso, com tudo em seu devido lugar. E a arte da capa é mais um belíssimo trabalho de Kris Verwimp (conhecido por seus trabalhados para MARDUK, ABSU, ARKONA e muitos outros).

Rico musicalmente, o disco tem as participações especiais de Gunnar Vosgröne no violoncelo na introdução “Dawn of the Raven King” e “End of the Night”, Darius Widera nos sintetizadores em “For Victory” e “End of the Night”, Detty Scherner no violino em “End of the Night”, além de Dannis Marschallik, Sabrina Jäger, e Thorsten Fiolka nos vocais adicionais (Dannis e Sabrina ainda participam nos corais). Isso tudo para abrilhantar um disco que já tem um valor alto, que merece aplausos devido à diversidade de arranjos e músicas envolventes, que nos tomam de assalto e não saem mais de nossa mente.

Melhores momentos: a rápida e pesada “This Means War” (belas guitarras, e é interessante observar como eles misturam riffs pesados e agressivos com duetos e solos melodiosos), a mais climática e com andamento em tempo mediano “The Glorriors” (aquela típica levada alemã, com peso, melodia e agressividade nas medidas certas), a amena e belíssima “Heart of Evil” (um show de primeira dos vocais, que estão mostrando uma boa diversidade de timbres), a explosão de agressividade e melodia de “Hail to the King” (rápida e agressiva, um show pessoal de baixo e bateria, mas os vocais mostram mais uma vez grande versatilidade nos timbres e o refrão é magnífico), as partes de guitarras sólidas e cativantes de “For Victory” (reparem como a melodia permeia toda a canção de forma maravilhosa, e os arranjos de sintetizadores dão um toque atmosférico precioso), a linda e introspectiva “End of the Night” (que devido aos toques de violino e violoncelo, mais a abordagem mais limpa, tem todo uma aclimatação Folk belíssima, e sem mencionar a força dos backing vocals e corais), a veloz e ganchuda “God Against Man” e outra mostra de como baixo e bateria são essenciais no trabalhado do quinteto, a trabalhada e cheia de melodias preciosas “On Fire”, e a chave de ouro do encerramento dada pela ótima “Rise of the Sacred Star” (reparem bem como os riffs soam melodiosos e agressivos na mesma proporção, fora os corais que vão levar os fãs a cantarem juntos nos shows).

Eles ainda não são extremamente conhecidos no Brasil, mas com um trabalho desses, é uma questão de tempo. 

Ouçam “End of the Night” e se deixem seduzir pela música pesada e elegante do GLORYFUL.



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