22 de jan. de 2017

HARDSHINE – So Far and So Close (Álbum)


2017
TRM Records
Nacional

Tracklist:

1. Do You Believe
2. Learn to Live
3. Now and Forever
4. Hard Way
5. So Far and so Close
6. Don’t Leave Me Now
7. If You Wanna Fly
8. Paradise
9. Pay Your Sins
10. Going Home


Banda:


Leandro Caçoilo – Vocais
Pedro Esteves – Guitarras
Bruno Ladislau – Baixo
Anderson Alarça – Bateria


Contatos:



Nota:

Originalidade: 8
Composição: 10
Produção: 8

9/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


No Brasil, fazer Metal de qualidade nem sempre é sinal que será bem sucedido. Mas como é sabido por todos: Metal é algo que vicia, e depois que faz parte da sua vida, esqueça, pois não tem como sair disso ou se livrar dele. As coisas são sempre assim, mas já estão melhorando, e novas possibilidades surgem enquanto velhos ditames sem nexo vão sendo esquecidos e enterrados pelo passado. E dessa forma, trabalhos como “So Far and So Close”, do HARDSHINE, possuem esperança de manter a banda sem sacrifícios.

Por trás do quarteto, estão nomes já famosos no cenário nacional: o vocalista é Leandro Caçoilo, conhecido por seus trabalhos com ETERNA, SOULSPELL e SEVENTH SEAL; Pedro Esteves é um conhecido produtor musical e guitarrista do LIAR SYMPHONY; Bruno Ladislau é o baixista da banda de ANDRÉ MATOS, além de tocar em vários projetos e ser professor; e Anderson Alarça é batera do LIAR SYMPHONY e também professor. Logo, o nível musical do disco é alto.

Mas a que vem o HARDSHINE?

Em “So far and So Close”, impera Hard Rock bem feito, elegante e pesado, com pitadas de Metal tradicional, muita inspiração e peso. Óbvio que todos são ótimos músicos e isso fica evidente no disco, mas sem exageros técnicos de parte alguma. E assim, temos um disco melodioso, forte e encorpado, mas cheio de melodias e fácil assimilação e canções inspiradas e cheias de emoção. 

A produção do disco é de primeira. A sonoridade que Pedro obteve na mixagem e masterização ficou espontânea, pesada e seca, mas limpa. E isso nos permite compreender o que a banda está tocando, e assim, assimilar suas canções sem maiores problemas. E, além disso, Neto Santos fez um trabalho muito bom para a capa, captando toda a carga emocional que as músicas evidenciam.

Vocais de primeira, riffs e solos melodiosos e ganchudos, baixo e bateria com ótimo nível técnico e muito peso. Estas são as características do HARDSHINE, além de certo feeling anos 80 que flui espontaneamente, sem soar datado ou cópia do passado. E os arranjos são finíssimos, com tudo em seu devido lugar, sem citar que cada refrão é de primeira, entra pelos ouvidos e não são mais esquecidos.

O poder de fogo do quarteto é visto em cada uma das dez faixas, sendo as melhores: a ganchuda e envolvente “Do You Believe” (com uma alternância entre momentos mais amenos e outros mais pesados, com uma exibição de gala dos vocais), a pesada e mais cadenciada “Learn to Live” (o peso flui melodioso e denso por conta do andamento não tão rápido, permitindo-nos perceber com baixo e bateria estão em grande forma), a linda e envolvente “Now and Forever” (uma aula particular dos vocais, cheia de timbres muito bem pensados, fora a acessibilidade musical intensa e sensível), a força intensa e grudenta dos riffs de guitarra em “So Far and so Close”, a linda “Paradise” e seus arranjos essenciais de guitarras limpas, e o impacto acessível de “Pay Your Sins”.

O HARDSHINE já começou em alto nível, e esperamos que a banda não fique apenas nesse disco, que “So Far and So Close” tenha muitos e muitos sucessores.


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