6 de fev. de 2017

BLACK SABBATH: e a velha Bruxa enfim descansa em paz...


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia

Março de 1985.

Um garoto de 14 para 15 anos de idade estava terminando um processo de transição que havia começado em 1983, deixando o Pop e o Soul a que estava acostumado para trás e abraçando de vez o estilo que o seduziu aos poucos: o Heavy Metal. 

Este garoto, um dia, passa em frente à uma banca de jornal em seu caminho para a escola, e vê uma revista-poster com um cavaleiro negro segurando uma espada brilhante. E ao ler o nome, sua mente lembra uma citação qualquer que vira ou lera em algum lugar: BLACK SABBATH.

O garoto gastou parte do dinheiro do lanche, comprou a revista e se informou sobre a história da banda desde sua fundação até aquela época.

Este garoto sou eu...


04 de Fevereiro de 2017, na Genting Arena em Birmingham, na velha Inglaterra.

Onde tudo começou é onde o quarteto BLACK SABBATH fez seu último show, tocando como última canção “Paranoid”, um de seus maiores clássicos.


Para muitos, um fim triste, e creio que todos agora sentirão uma espécie de vazio, pois nossos pais, enfim, pararam e irão continuar seus projetos pessoais, seja na música, seja na vida.

A Bruxa de Birmingham (apelido carinhoso pelo quais os fãs mais velhos chamam o quarteto) parou, mas deixou um legado enorme: eles criaram o Heavy Metal, e cada headbanger, seja ele eclético em termos de Metal ou aficionado em apenas uma vertente, tem uma dívida enorme com Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Terry “Geezer” Butler e Bill Ward, uma vez que, sem eles, não existira IRON MAIDEN, METALLICA, ou qualquer outra banda que tenha guitarras distorcidas e pesadas, vocais que não sejam brilhantes e uma cozinha rítmica pesada e incessante. Sem BLACK SABBATH, o estilo poderia existir, mas não seria o mesmo.

Fica a tristeza, mas também o agradecimento, e seja qual for sua formação favorita, o BLACK SABBATH esteve entre nós, nos brindou com clássicos musicais e discos fantásticos (outros nem tanto). Errou como todos erram, mas o saldo positivo é muito maior.


E sem falar que nomes como Ronnie James Dio, Vinnie Appice, Cozy Powell, Tony Martin, Dave Walker, Geoff Nicholls, Craig Gruber, Ian Gillan, Bev Bevan, Ron Keel, David Donato, Eric Singer, Dave Spitz, Glenn Hughes, Ray Gillen, Bob Daisley, Terry Chimes, Jo Burt, Laurence Cottle, Neil Murray, e Bobby Rondinelli também estiveram na banda e deram suas contribuições, alguns deles participando de discos ótimos. Todos eternizados sob um mesmo nome para sempre.


No mais, meu sentimento pessoal é de alegria. Sim, alegria por poder ter tido o BLACK SABBATH entre meus grupos favoritos em 32 anos de minha vida, de testemunhar altos e baixos, enfim, de ter minha estória de vida ligada afetivamente à banda por todos esses anos.


Eles deixam a estrada para entrarem definitivamente para a eternidade.

Agora, pegue seu disco favorito do grupo, não importando qual sua formação favorita, e ouça com dedicação, com amor, e agradeça por ter esta banda em sua vida.


Obrigado por tudo, BLACK SABBATH, e sentiremos sua falta.

Thank you for everthing, BLACK SABBATH, and we will miss you.

Finalizando, como a banda deixou um legado musical imenso, os deixo com o show da banda em  L'Olympia Bruno Coquatrix, Paris, em 1970.


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