26 de mar. de 2017

APOTEOM – Paper God (album)


2017
Nacional

Nota: 9,0/10,0


Tracklist:

1. The Power Rises
2. Power of Game
3. Collapse
4. Paper God
5. Bring Me Something New
6. Two Wolves
7. Invisible Dictatorship
8. Rise Again
9. Conformity
10. My Sanity Remains
11. Alienation


Banda:


Pedro Ferreira - Vocais, guitarras
André Licht - Guitarra solo
Mauricio Tôrres - Baixo
Pablo Castro - Bateria


Contatos:

Instagram:
Bandcamp:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O Rio Grande do Sul é um estado com longa tradição em termos de Rock ‘n’ Roll e Heavy Metal, verdade seja dita. O número de bandas de alto nível vindo dessa região dos Pampas é algo muito interessante de ser pensado e mesmo estudado (o livro “Tá no Sangue” é uma ótima opção para se conhecer a história detalhada da cena gaúcha). E honrando a história do cenário gaúcho do Metal, vem o quarteto APOTEOM, e Santa Maria, que chega pondo a casa abaixo com “Paper God”.

Se a banda já havia feito um bom trabalho em “Alienation”, em “Paper God” eles evoluíram bastante como música, pois conseguiram casar perfeitamente a força do Thrash Metal melódico e cheio de groove que eles fazem com um melhor acabamento em termos de composição. Ou seja, há um maior equilíbrio entre todos os lados da personalidade musical do grupo. 

Simplificando: musicalmente, o quarteto amadureceu.

O grupo teve uma produção musical razoável, em um trabalho esforçado do produtor Léo Mayer, que também fez a engenharia de som, a mixagem e masterização. Mas poderia ser melhor, porque ainda está crua além do ponto que eles precisam. Não está ruim, longe disso, apenas poderia ser melhor, com uma sonoridade um pouco mais definida. Já o lado visual é claro: a capa ficou muito boa, deixando óbvio o que a banda trata em suas letras azedas.

Como dito acima, o APOTEOM evoluiu bastante musicalmente, se tornando mais coeso e pesado, com arranjos bem feitos e boas linhas melodiosas. Os timbres instrumentais ajudam bastante no aspecto de coesão, e mostram que temos uma banda bem raivosa e cheia de energia em mãos. E ainda temos as participações especiais de Bruno Vaz nos vocais em “Alienation”, Edilberto Bérgamo na cordeona em “Rise Again”, e Léo Mayer nos overdubs em “The Power Rises”, “Paper God”, “Rise Again”, e “My Sanity Remains”.

O disco tem 10 faixas ótimas (já que “The Power Rises” é uma introdução), sendo as melhores: o ótimo trabalho técnico agressivo de “Power of Game”, onde a força e melodia das guitarras dominam nessa velocidade Thrasher de primeira; a intensa e cheia de tempos complexos “Collapse”; a força mais simples e cheia de impacto de “Paper God” (ótimo trabalho dos vocais, pois essa linha mais melodiosa não é tão simples assim de ser feita); a cadência pesada e envolvente de “Two Wolves”; as melodias bem feitas e envolventes de “Rise Again” (foram um bom trabalho de baixo e bateria estar presente nessa canção); e a mistura entre momentos Thrashers com alguns toques de Groove em “My Sanity Remains”. Além delas, ainda temos um “remake” para a faixa “Alienation”, do disco anterior, que nos permite perceber como a banda evoluiu, mas mantendo suas características musicas.

Um disco ótimo, sem sombra de dúvidas.

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