25 de mai. de 2017

KAHBRA - KAHBRA (EP)


2015
Independente
Nacional

Nota: 9,1/10,0

Tracklist:

1. Drown
2. Rattlesnakes
3. Giant’s Dream
4. What I Lost


Banda:


Jonas Araújo - Vocais, baixo
Julio Latorraca - Guitarras
Igor Fabri - Guitarras
Denys Melo - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Muitas vezes, músicos cansam um pouco do formato musical ao qual se adaptaram e têm a necessidade de fazer algo diferente, livre de fronteiras, apenas para expressar suas outras influências musicais. E o quarteto carioca KAHBRA é uma banda ótima, que se encaixa nesse modelo, e se percebe em seu EP “Kahbra” que eles vão longe.

Diferentemente dos trabalhos anteriores de seus membros (que sempre tocaram em bandas de Death e Thrash Metal), o KAHBRA segue uma linha mais visceral e crua do bom e velho Stoner Rock, mas bem arranjada e com enorme dose de acessibilidade musical. Ou seja, é sujo, bem tocado e capaz de cativar o ouvinte logo nas primeiras ouvidas. Algo de primeira!

Em termos de qualidade sonora, o grupo procurou fazer algo que soasse orgânico e cru, sem que a definição dos instrumentos seja perdida. Ou seja, a produção musical do próprio quarteto, mais a gravação, mixagem e masterização do guitarrista Igor Fabri ficaram em bom nível. E a arte da capa resgata um pouco dos elementos visuais dos antigos discos de vinil, mais a arte da capa de Denys Melo ficaram irresistivelmente bem antenadas com a proposta musical do quarteto (até o selo do CD lembra um compacto de vinil).

Musicalmente, o KAHBRA não foge dos padrões do Stoner Rock, mas nem precisa. O quarteto sabe extrair de um estilo já bem erodido pelo uso algo diferente, intenso e agradável. Talvez a necessidade de se expressarem de uma forma não extrema tenha feito com que as canções do EP soem tão boas. E se não vieram para inovar, vieram para somar e trazer algo com frescor e vida, além de uma energia irresistível.

Em “Drown”, já somos surpreendidos por uma sonoridade melodiosa e crua, com um jeitão mezzo LED ZEPPELIN, mezzo Blues Rock com toques à lá BLACK SABBATH que nos envolve, mostrando riffs de primeira e vocais inspirados (à lá Robert Plant). Já “Rattlesnakes” nos trás uma canção de início mais acessível, com levadas ganchudas e refrão empolgante, para depois ganhar tons mais introspectivos e certo ar de Jazz “noir”, e então retomar seu lado mais energético e grudento. No que seria o lado B (lembrem: na arte, há citação à época áurea dos discos de vinil), vem “Giant’s Dream”, uma canção com andamento já não tão veloz, cheia de belas passagens rítmicas e muito peso, e fecham o disco com “What I Lost”, com seu jeito mais azedo, soturno e cadenciado como os mestres do BLACK SABBATH, onde o baixo pulsa com intensidade e é cheia de arranjos muito bons de guitarras.

A banda promete um álbum para breve, e esperemos, já que “Kahbra” é um daqueles aperitivos que só aumentam a vontade de digerir o prato principal!


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