30 de jun. de 2017

REST IN CHAOS - Worship Machines (EP)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 8,3/10,0

Tracklist:

1. I Need a Reset
2. Shallow Happiness
3. Let Me Rest
4. Bells of Destruction
5. Worship Machines
6. The Perfection


Banda:


Gustavo Novloski - Vocais
Juliano dos Santos - Guitarras
Sandro Diefenbach - Baixo
Marlon Joy - Bateria


Contatos:

Site Oficial: www.restinchaos.com
Twitter:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Santa Catarina é um estado forte em termos de Metal. E pelo visto, a cena se concentra nas profundezas do underground do estado pois nem sempre temos pleno acesso ao que ocorre em termos de Metal por lá, mas uma coisa é certa: quando vem é para causar aplausos!

E nisso, o quarteto REST IN CHAOS é especialista, pois seu EP “Worship Machines” veio para causar caos musical e dar uma sacudida no conformismo.

Violento e cru como tem que ser, o Thrashcore do grupo é agressivo e com uma pegada infernalmente pesada, vomitando agressividade explícita para todos os cantos, e sem dó dos ouvidos alheios. Mas cuidado, já que mesmo tendo a premissa de ser agressivo e intenso, o quarteto tem todas as qualidades que fazem uma banda ser boa, em especial a personalidade forte na hora de escrever suas canções, bem como o talento dos músicos fica evidente. E não, não há nada de simplório aqui, pelo contrário.

Ou seja: “Worship Machines” é uma ótima pedida!

Produzido pelo próprio quarteto no estúdio Undercave, podemos aferir que o resultado final em termos de sonoridade é agressivo e com a medida certa de crueza. Está pesado e ríspido, mas com aquele toque de clareza essencial para que nossa compreensão do que eles estão tocando seja bem evidente. Pode melhorar em termos de timbres de guitarra e baixo no futuro, mas está muito bom.

O azedume é evidente, mostrando que a sonoridade do REST IN CHAOS soa jovem e cheia de vitalidade (pois a banda foi formada em 2016). Certa imaturidade é evidente, mas a energia e garra de suas composições compensa esse aspecto. Ou seja: com um pouco mais de experiência como banda, ninguém segura esses caras!

“I Need a Reset” - Rápida de brutal, feita com riffs envolventes e vocais ferozes, percebe-se o valor da banda na simplicidade de seus arranjos, mas com boas mudanças de ritmo aqui e ali.

“Shallow Happiness” - A velocidade diminui até os níveis do Thrash Metal tradicional, com boas passagens rítmicas, mostrando como baixo e bateria estão entrosados e roncando pesado para cima de todos. É moshpit certo!

“Let Me Rest” - Aqui, mais uma vez as mudanças de andamento fazem a diferença, criando diversidade e permitindo que as guitarras disparem riffs envolventes e pesados. E sem mencionar o fato que o refrão é muito bom.

“Bells of Destruction” - E pronto, eles resolveram entrar numa porradaria Death/Thrash em alguns momentos absurda. É uma música muito intensa, brutal e com vocais ótimos em todas as passagens, especialmente nas partes mais cadenciadas.

“Worship Machines” - Os dois bumbos velozes já dão o claro indício do que vem: PORRADA! Aqui, sem dó e nem piedade, o quarteto desce a marreta ferozmente, despejando riffs rápidos e ganchudos, vocais rasgados insanos e uma base rítmica que alterna bastante o andamento entre o veloz e o lento sem pudores.

“The Perfection” - Se a porrada já estancou o EP inteiro, porque o massacre pararia justamente aqui? Percebe-se que a banda usa umas sutilezas melódicas nos arranjos de guitarras que são bem interessantes, e isso em uma faixa mais veloz e simples.

Nenhuma das seis faixas dura mais que 3 minutos, o que faz com que “Worship Machines” não seja enfadonho, mas sempre uma ótima pedida.

Ouçam bem alto, especialmente quando visitas incômodas baterem à sua porta.

Ah, sim, "Worship Machines" se encontra disponível para a audição no Spotify:


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