16 de jul. de 2017

ANVIL - Anvil is Anvil (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 8,8/10,0

Tracklist:

1. Daggers and Rum
2. Up, Down, Sideways
3. Gun Control
4. Die for a Lie
5. Runaway Train
6. Zombie Apocalypse
7. It’s Your Move
8. Ambushed
9. Fire on the Highway
10. Run Like Hell
11. Forgive Don’t Forget
12. Never Going to Stop


Banda:


Steve “Lips” Kudlow - Guitarras, vocais
Robb Reiner - Bateria
Christ Robertson - Baixo, vocais adicionais

Convidados:

Martin “Mattes” Pfeiffer - Vocais adicionais
Holger Thielbörger - Vocais adicionais
Christoph Kuhlmann - Vocais adicionais


Contatos:

Bandcamp: 
Assessoria: freeman@freemanpromotions.com (Jon Freeman)

E-mail: 

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O Metal canadense é uma das heranças mais importantes do Rock como um todo. Embora não tenha a expressão e fama dos cenários inglês, norte-americano e alemão, do Canadá vieram nomes imortais, famosos e criativos, que deixaram suas marcas no Metal em nível mundial. Mas uma verdade deve ser dita: embora muitos desconheçam, o Metal canadense nada seria sem o pioneiro, os “Mad Dogs” do ANVIL, a bigorna que forjou a ferro e fogo o cenário local no final dos anos 70. E mesmo com tantas dificuldades e apesar do tempo, o grupo continua ativo e selvagem, lançando agora seu décimo-sexto disco, intitulado singelamente de “Anvil is Anvil”, lançado no Brasil pela Shinigami Records.

O ANVIL não muda sua fórmula: é o mesmo bom e velho Hard’n’Heavy que fazem desde os anos 80, sem muitas firulas. Mas é sempre bem tocado, com muita melodia boa técnica (especialmente de Robb Reiner, um baterista fantástico), mas preocupado em soar sólido, coeso, como uma bigorna caindo nos cornos de qualquer um que duvide das convicções sonoras do trio. E uma particularidade: o ANVIL sempre vem com uma vocação a ser descompromissado com regras e capaz de divertir até a mais sisuda das múmias paralíticas.

Ou seja: não esperem nada de novo em “Anvil is Anvil”, mas quem precisa fazer algo de novo em uma carreira tão longa e cheia de glórias?

A sonoridade de “Anvil is Anvil” é muito boa. Martin “Mattes” Pfeiffer e o próprio grupo fizeram um trabalho muito bom, focando em uma produção sonora mais simples, direta e seca, priorizando o lado mais tradicional da música deles. A mixagem de “Mattes” e a masterização de Jacob Hansen foram perfeitas em deixar o ANVIL soando o mais simples e direto possível, mas com peso e deixando a sonoridade bem atual.

A capa é do próprio Robb Reiner, trazendo o tradicional símbolo do grupo, a famosa bigorna, diante de um espelho, afirmando que o ANVIL é o ANVIL, e não se fala mais nisso. O encarte é bem simples, sem muitas firulas, mas mais do que suficiente para entendermos as letras. 

A diversão é garantida em “Anvil is Anvil”, pois como dito antes, o estilo pesado, azedo e pegajoso do ANVIL não mudou. Arranjos bem feitos, vocais competentes, riffs grudentos, solos na medida, base rítmica sólida e com boa técnica, e fundindo tudo isso, é demais para o coração de qualquer headbanger que se preze.

Em 12 faixas muito boas, o nível musical é ótimo. Mas as melhores para as primeiras audições são a irônica e pesada “Daggers and Rum” (de arranjos simples, vocais e backing vocals em grande forma, além de riffs raçudos), a pesada “Up, Down, Sideways” (incrível como os vocais sabem ser irônicos e eficientes, mas quem dá um show são o baixo e a bateria individualmente), o peso-pesado mamutesco de “Gun Control” com seu andamento mais lento (uma das especialidades do trio, onde os riffs ganham mais peso, fora os solos e intervenções das guitarras), a técnica excepcional da bateria em “Die for a Lie” e suas conduções, a sedutora e mais veloz “Runaway Train” e sua solidez expressa entre base rítmica e guitarras (é uma das mais divertidas do disco), “Zombie Apocalypse” e sua vocação a hino do setlist (já que possui tempos lentos e bem grudentos, deve se tornar uma das prediletas dos fãs), a fogosa e mais trabalhada “Fire on the Highway” (belíssimo trabalho de bateria mais uma vez), a grudenta “Run Like Hell”, e a descompromissada e cheia de energia “Never Going to Stop” (bem cheia de uma pegada mais Hard’n’Heavy de primeira).

No mais, “Anvil is Anvil” mantém a tradição do grupo. E ANVIL é ANVIL, e não se fala mais nesse assunto!


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